Como funciona o sistema de ingresso nas universidades brasileiras

No Brasil, o predomínio da prova nacional  para a educação secundária como uma avaliação de renda em massa e unificada para acesso à educação  superior tem várias conseqüências prejudiciais. Além  de dar-lhe forma com eficiência o plano de estudos de educação
secundária, com claras desvantagens para os que não acessarão  a universidade, limita a diversidade e as características  regionais do setor da educação superior. De forma  semelhante critica a outros países que utilizam testes  nacionais de entrada. São dadas algumas sugestões para
possíveis alterações.

Mundialmente, milhões de estudantes e suas famílias enfrentam o desgastante processo de ingresso à educação  superior. Vários países realizam testes nacionais para  determinar que entram, um sistema apresentado a   vezes como democrático e meritocrático, uma vez que todos  os estudantes realizam as mesmas provas. No Brasil, a  prova nacional para a educação secundária (Exame  Nacional do Ensino Médio, ENEM) é semelhante ao Gaokao (ou Avaliação de Ingresso à Universidade) que se realiza  na China e de outras provas de ingresso de alta exigência que  desenvolvem-se na Turquia, Chile, Rússia e outros países. O atual debate público sobre o ENEM ressalta suas desvantagens e se assemelha a debates semelhantes que se realizam em outros lugares.

A educação superior brasileira caracteriza-se por  uma rede pequena e bem financiada de universidades federais seletivas (nacionais) com a educação gratuita, a  qual matricula 1,1 milhões de estudantes e um grande setor  privado matricula 5,4 milhões de estudantes. Além disso,  0,6 milhões de estudantes se colocam em universidades  estatais regionais, que também contam com ensino gratuito.

Em contraste com outros países latino-americanos, o ingresso nas universidades públicas no Brasil é limitado; os estudantes competiram (historicamente)  a admissão em base a provas de ingresso realizadas por cada instituição. As instituições privadas oferecem  normalmente cursos vespertinos de baixo custo para as pessoas que não tiveram sucesso para ingressar em uma instituição pública. À exceção de algumas universidades privadas de elite, a admissão a este setor só é limitada pela capacidade de pagar do estudante e a avaliação ENEM não é necessária.

Para saber como funciona o processo de ingresso em cada uma das universidades brasileiras é preciso ficar de olho no edital de cada uma ou em sites especializados na divulgação de vagas como o vestibularinscricao.com.br. 

Além de usar a nota do ENEM por meio do Sisu ainda pode-se participar de programas de inclusão tal como o Prouni para alunos de baixa renda ou o Educa Mais Brasil para a conquista de bolsas em cursos de graduação e ensino superior.

A Avaliação Nacional da Educação Secundária  (ENEM)

ENEM foi apresentado em 1998 como uma avaliação voluntária do ensino secundário, com o fim de medir a  qualidade dos graduados escolares. Em 2010, o Ministério  de Educação e as universidades federais decidiram que  o exame seria a estratégia principal de seleção para a  admissão.

A versão atual é uma avaliação com base  conteúdos de língua portuguesa, matemática, ciências  naturais, ciências sociais e redação. Se realiza anualmente durante dois dias e se administra simultaneamente em  diferentes lugares ao longo de todo o país. Os estudantes  que passam o exame podem candidatar-se a duas instituições  federais de qualquer parte do país. Os resultados do  exame também são utilizados para selecionar os alunos de baixos recursos para conceder bolsas de estudo e empréstimos  para estudar em instituições privadas, para determinar  a elegibilidade, a fim de oferecer cursos profissionais  grátis de nível secundário; e para que os adultos respeitem  com os padrões mínimos específicos de certificados de  estudos secundários completos.

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